segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O início do blog....A maior bronca que eu levei na vida

Começamos o blog, espero que não seja mais um daqueles blogs que são CTRL ou CTRV. Espero que muitas pessoas, possam passar por aqui, e deixar a sua marca. Tenho aprendido muito e visto que a gente nunca sabe nada. Portanto podemos de verdade aprender juntos. Esse é o intuito....fazer um blog que vc sinta vontade não só de ler mais de escrever. Começar...
Engraçado, ainda existe a tese que os universitários fazem a diferença no mundo. Será ? Estamos para acabar o quarto semestre do nosso curso de Administração e eu vejo um desânimo tão grande em todos. Parece que viramos mesmo os 95% . Parece que aquele entusiasmo inicial de ser administrador passou....agora os professores não falam mais no " o mundo do bob" começam a mostrar que a profissão que escolhemos é sim bem desgastante, cheia de responsabilidades e com uma super carga emocional.
Escolhi esse texto pra iniciar, porque ele foi o princípio da idéia dos 5%. E também quero mesmo abrir uma discussão ou um fórum pra que possamos discutir esse assunto....
O texto:
Quer saber qual foi a maior bronca que eu já levei na vida? Vou contar:
Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silencio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada. Continuamos no papo como se o professor não estivesse lá, afinal a conversa sobre as aventuras do feriado pareciam muito mais interessantes que qualquer assunto da Fisiologia (pelo menos era a impressão do momento!). Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou; ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei. Veja o que ele disse.
- Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez -disse, levantando a voz. Um silêncio carregado de culpa instalou-se em toda a sala e o professor continuou:
— Desde que comecei a lecionar, isso já muitos e muitos anos, descobri que nós, professores, trabalhamos apenas para 5% dos alunos de uma turma. Com todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais. É uma pena muito grande não lermos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora; então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, lerei de me conformar e tentar dar a aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à nossa aula de hoje. Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas; as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?
Hoje não lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de ludo para ficar sempre no grupo dos 5%. Mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a qual grupo pertencemos. Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, seguramente sobraremos na turma do resto.
Fazer a diferença? como? onde e por quê...
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